domingo, 14 de novembro de 2010

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A violência da sociedade já chegou à escola

A escola sempre foi o foco irradiador de cultura e socialização das comunidades. Quando menor o povoado, maior o valor e influência das instituições sociais que a integram sobre si. Ao mesmo tempo, são também estas instituições que contribuem decisivamente para o desenvolvimento destas mesmas aglomerações. Entretanto, nos últimos anos, a violência crescente na sociedade tem se refletido nos estabelecimentos de ensino. Por muitos anos, a escola foi tida como o reduto da paz, segurança e aconchego para as crianças, adolescentes e jovens em formação. Mas esta situação vem mudando de forma gradual e rápida. As políticas públicas de incentivo à frequência escolar iniciadas no governo de Fernando Henrique Cardoso levaram para dentro dos muros da escola, as divergência entre os moradores, que antes não tinham qualquer interesse em lá estar. Por outro lado, se considerarmos a escola como um dos espaços privilegiados de socialização, especialmente para as crianças e adolescentes, que construirão ali relações de amizades que vão perdurar por toda a sua vida, é fácil entender porque a escola passou a ser vista também como um espaço para resolver os conflitos entre os integrantes da mesma comunidade. É portanto, também natural, que os conflitos pessoais sejam levados para dentro dos muros da escola. Além das questões eminentemente de ordem pessoais, ao trazer para si a responsabilidade pelo transporte, alimentação, vestimenta e material escolar, a escola tirou da família a responsabilidade pela sobrevivência física de seus filhos; e o desenvolvimento sociocultural dos membros jovens da sociedade capatilista, na qual cada indivíduo tem o valor exato de sua produção e consumo. E, agravou ainda mais a situação, pois com esta atitude transpareceu aos pais a inexistência da necessidade de prover o filho de bens materiais. Neste ponto, os pais perdem-se na imposição dos limites e sentiram passar por entre os dedos a autoridade paterna. Ao ficarem sem a moeda de troca mais valiosa de seu ponto de vista cultural: “enquanto eu te sustentar, você tem que me obeder”, os pais já não tem mais argumento para impor a autoridade. Assim, os pais foram desresponsabilizados e a escola assumiu também o papel de “lar” para as crianças. E, cultural e historicamente o “lar” é o lugar mais adequado para resolvermos os problemas de ordem pessoal. Ou seja, a escola deveria ensinar o saber científico e social e jamais o religioso e pessoal, pois à família cabe educar e formar carácter. Este, definitivamente, não pode ser um papel da escola. Além de tudo, a escola passou a ser o lugar ideal para se encontrar e manter grupos de amizades, construir teias de relacionamentos e de proteção e portanto, de conflitos. Sob a tutela dos profissionais da educação, a escola transformou-se também no lugar mais seguro para resolver conflitos pessoais, especialmente porque tudo que uma criança ou adolescente precisa, é ter alguém para direcionar os passos e apontos caminhos de resolução dos problemas de relacionamento com os pares. Em casa, sentem-se abandonados pelos pais que já deixaram, há muito, de ser os seus ídolos. Nos últimos meses, noticiários nacionais e regionais tem se ocupado de descrever brigas entre estudantes ou agressões fisicas aos professores e demais profissionais que atuam na educação. Enquanto noticiam, jornalistas, apresentadores e entrevistados deixam transparecer a perplexidade diante dos fatos. Outros, cuidam de ampliar dezenas de vezes a gravidade dos acontecimentos numa tentativa desesperada, talvez, de transformar em notícia aquilo que nunca deveria ter acontecido: brigas dentro da escola. Situações impensáveis para o ambiente que deveria ser um templo do saber e humanização.A única alternativa para diminuir a violência na escola, será fazer o caminho oposto. É preciso tirar gradativamente da escola o excesso de responsabilidade, devolverdo aos pais o papel de provedor e educador, à sociedade o de possibilitar às famílias condições socioculturais e financeiras para ás famílias. A escola precisa trazer para si sua função primordial que é de ensinar o saber científico, histórico, cultural, social e tecnológico, nada mais.

http://www.jornaldaeducacao.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=682&Itemid=63#myGallery1-picture(2)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pesquisa Unicef: somente 58% dos alunos do Rio concluem 8ª série

RIO - O Sudeste pode ter o melhor índice de brasileiros matriculados no ensino fundamental que conseguem concluir a 8ª série (9 ano): 70,9%. Mas é o Rio que está na lanterna do ranking da região, com 57,8% de alunos que conseguem concluir este segmento

Educação no Brasil melhora, mas desigualdades ainda criam barreiras

segunda-feira, 4 de maio de 2009

MEC pretende acabar com a divisão por disciplinas no ensino médio público em 2010

Um projeto apresentado ao Conselho Nacional de Educação (CNE) pretende mudar a organização curricular do ensino médio público do país. A partir das orientações que vão constar nesse projeto, cada rede de ensino vai definir o seu modelo de currículo e organização das escolas

Ministro da Educação, Fernando Haddad propõe aumentar carga horária do ensino médio para 3 mil horas/aula

Especialista analisa baixa qualidade da educação mostrada pelos resultados do Enem 2008: 'Mesmo o melhor não é bom'

Para o sociólogo Simon Schwartzman

Vestibular 2010: Novo Enem não terá língua estrangeira, filosofia e sociologia

Ranqueamento escolar gera cobranças certeiras

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pesquisa da FGV mostra causas da evasão escolar no país

RIO - Uma pesquisa sobre motivos da evasão escolar no país realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que o Brasil não conseguirá vencer a batalha pela melhoria da qualidade do ensino se não convencer primeiro os principais protagonistas: os alunos e pais. O estudo,

Em entrevista à Agência Brasil, o professor Marcelo Neri antecipa algumas conclusões da pesquisa.

terça-feira, 31 de março de 2009

DOCUMENTO OFICIAL DO MEC

Proposta à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

MEC propõe novo Enem com 200 questões para substituir vestibular das federais, com provas a cada semestre

Unificação dos vestibulares

Passo-a-passo da proposta de vestibular unificado do MEC

Íntegra da entrevista com o ministro Fernando Haddad