domingo, 23 de dezembro de 2007

Ensino de 1ª a 4ª série tem 12% de alunos analfabetos

Maiá Menezes e Isabela Martin - O Globo
RIO E FORTALEZA - Crianças que não sabem ler frases simples e sequer conseguem fazer um ditado formam um contingente estimado em 12% dos alunos da rede pública entre a 1ª e a 4ª série, segundo o Instituto Ayrton Senna, informam Maiá Menezes, Isabela Martin e Letícia Lins. É o que mostra reportagem publicada na edição deste domingo do jornal "O Globo"
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Um comentário:

Henrique disse...

Vamos ao principal, ao escandalal, ao manchetal e ao quase terroristal do Globo. A definição de ideologia como uma verdade posta a serviço de uma mentira é das mais interessantes. Ela se aplica muito bem à manchete (e todo mundo sabe que o que fica é a manchete) "Ensino de 1a. a 4a. tem 12% de analfabetos".
VAmos por partes:
1 - a primeira coisa que eu fui conferir era de que séries estavam sendo faladas e lá dentro, meio perdidinha estava a informação que elas são, já, as antigas "último
ano" da Educação Infantil e os três primeiros anos da Educação Fundamental (reforma que foi implantada esse ano para viabilizar o FUNDEB, pois sem "deixar as prefeituras" aplicar dinheiro em Educação Infantil não se conseguiria aplicar
dinheiro novo na Educação Média).
2 - Sem desmerecer o trabalho de pesquisa das colegas da Fundação Airton Sena que a fizeram eu gostaria de acrescentar uma coisa que eu aprendi com o Darcy: que
nenhuma criança pode ser considerada alfabetizada sem pelo menos dois anos de escolaridade (e ele falava das antigas primeira e segunda séries).
3 - Nesse caso, o analfabetismo que eu esperaria em tal pesquisa seria de, pelo menos 50% e não dos 12 que tanto assutaram, espero eu, voces hoje.
4 - O Globo gosta de apoiar o que o Lula faz de errado. Embora eu considere o Haddad uma das mais excelentes surpresas dos dois Governos Lula eu considero que ele erra constantemente no que toca a avaliação da educação (continuou com a equivocada política de
universalizar um exame caro - o SAEB virando Prova Brasil -, vestibularizar um exame de qualidade - o ENEN - e realizar por amostragem um exame barato - o
Provão). Agora vem ai com a "prova de alfabetização". Creio que essa prova é uma crueldade para com as crianças, para com as famílias e para com os professores. Uma prova séria de alfabetização (se é que pode ser construida por parametros
técnicos) só poderia obter como resultado uma alfabetização de uns 5 a 7% das crianças brasileiras. Mas muita gente vai ganhar dinheiro com isso, "much ado about
nothing" será redigido a seu respeito.
5 - No final de tudo teremos apenas mais um elemento para confirmar ao professorado brasileiro que alfabetizãção é uma característica genética, ou seja, que em cada DNA dos brasileiros está informado se ele se alfaberizará ao final do seu sétimo
ano de vida ou permanecerá analfabeto e ignorante para sempre. Watson neles...